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PORTO DE PARANAGUÁ SERÁ PIONEIRO EM SOLUÇÃO INOVADORA PARA AVANÇO NA INFRAESTRUTURA



Porto de Paranaguá será pioneiro em solução inovadora para avanço na infraestrutura

Prevista para ser licitada no primeiro semestre de 2025, a concessão do canal de acesso ao Porto de Paranaguá promete facilitar a manutenção da profundidade e por consequência ampliar a capacidade de carga dos navios que atracam no terminal. É mais eficiência para garantir o escoamento da produção brasileira. 

A estruturação da proposta foi submetida à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), que aprovou os documentos preparatórios para a licitação.  Segundo o diretor-presidente da ANTAQ, Eduardo Nery, o Ministério de Portos e Aeroportos realiza os últimos ajustes para encaminhar o processo para o Tribunal de Contas da União (TCU). 

“Aprovado pelo TCU, o próximo passo é realizar audiências públicas, recolher informações necessárias, promover ajustes e voltando do TCU estará em condições de ser colocado em licitação. A meta é que no primeiro semestre de 2025 seja batido o martelo na bolsa a concessão de acesso aquaviário”, disse o diretor-presidente da ANTAQ durante participação no III Seminário Nacional e I Internacional de Portos Brasileiros – Desenvolvimento, Inovação e Sustentabilidade, no painel que discutiu setor portuário, logística e infraestrutura. 

Presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), Jesualdo Silva, ponderou que vê com bons olhos a iniciativa. A ABTP foi fundada há 35 anos e hoje conta com 97 empresas associadas e 248 terminais porturários por todo o Brasil. A maioria das empresas existentes no Porto de Paranaguá são associadas à instituição. 

“Aquilo que o privado possa ter mais liberdade e fazer melhor, deve sim fazer com controle e governança. Estamos acompanhando com interesse esse projeto piloto aqui em Paranaguá, que será o primeiro porto brasileiro a ter concedido o canal de acesso. A grande vantagem nisso é a previsibilidade para os negócios”.

Jesualdo lembrou que o sistema de manutenção dos canais de acesso, ainda mais onde existe muito assoreamento. 

“Sabemos da dificuldade do setor público em levar adiante, mesmo com gestores competentes. Temos processos de concessão que emperram no meio do caminho. Tudo é um processo. Quando faz a concessão, o primeiro ganho é o prazo. É um tiro longo. Serão 25 anos, com investimento na ordem de R$ 1 bilhão. Será importante para a manutenção do calado. A cada metro quadrado, aumenta 7 toneladas por navio. Ano passado houve aumento de 12,5 metros para 12,8 metros em 4 ou 5 berços. Isso significou mais ou menos 2 mil toneladas por navio. Com esse aumento de 30 centímetros do calado, foram movimentadas 340 mil toneladas/ano a mais. Problema de o navio entrar no porto e não sair, o PIB que sofre. Então é uma decisão importante do governo de fazer isso”. 

O painel foi mediado pelo diretor jurídico da Portos Paraná, Marcus Freitas. Além de Silva e Nery, ainda foram painelistas o diretor presidente da Associação dos Terminais Privados (ATP), Murilo Barbosa e o secretário nacional dos Portos, Alex Ávila. 

A terceira edição nacional do seminário e a primeira internacional foi promovida pela Associação Brasileira de Empresas Portuárias e Hidroviárias (ABEPH), com realização da Academia Brasileira de Formação e Pesquisa (ABFP). A iniciativa visa debater os entraves e propor caminhos para solucionar as dificuldades vivenciadas pelo setor portuário. 

Essa edição do evento ocorreu em Curitiba, no Museu Oscar Niemeyer, nos dias 29 e 30 de agosto.

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